terça-feira, julho 01, 2008

I can shine even in the darkness

Lembro-me, sim. Claro que me lembro!
Viveste anos e anos para ela. Anos e anos a respirares o seu ar, a pisares o seu chão, a beberes as suas palavras, os seus pedidos... Esquecendo-te de ti...
Recordo-me como se fosse hoje. Idas, voltas e eternos retornos.
Disseste-me devagar vou visitá-la! e fizeste-o devagar porque sabias a força da minha resposta: Não...
Sim, foste. Era a ansiedade, a saudade, a surpresa. E foste.
E eu fiquei a ver a tua partida. E sentei-me na varanda, no calor tardio do Verão, acompanhada por dois maços de tabaco e de um bloco de folhas que teimavam em voar das minhas mãos.
Escrevi pouco, nessa noite. Estaria certa ou errada?! E custava-me tanto o engano.
Tal como me custou a correcção...
Ainda com um dos maços cheio, com uma folha meio escrita e 5 ou 6 amassadas, a campainha tocou e vinhas em sombra, não em gente.
É, talvez, esta a diferença eterna entre amigos e amores: a mágoa. Tudo o resto, é igual. Os beijos, os cheiros, os toques... Mas uns não nos magoam quando acompanhados por outras pessoas...
E tu, lembras-te quem estava à tua espera? Lembras-te?!