domingo, junho 20, 2010

...e eu tinha tantos planos para depois...


Quando eu fechar esta porta, acabará a luz, o dia, o sol.
Será Inverno até ao fim dos tempos, dentro deste corpo que, agora, empurra a porta.
Não haverá idade, nem maturidade, nem ingenuidade. Apenas uma nuvem dispersa que nos lembrará do que existiu, antes de fechar esta porta.
Tu ris e dizes que não há paredes; de que vale fechar a porta?!
E ao bater da madeira na madeira, ao som do trinco da fechadura, erguem-se muros, ergue-se betão... e tudo o mais desaparece.
E, assim, acabam os sonhos...