quinta-feira, setembro 20, 2007

Arrache-moi le coeur que je ne puisse plus avoir peur...

Chove. A chuva que cai não fará com que certas palavras caiam com ela. Aliás, quando parar de chover, a água que escorrer não levará gestos que ficaram por traduzir. Certos sentimentos não alimentarão a terra para a tornar mais produtiva, mas fecundar-nos-ão a nós. Não produtivamente, mas destrutivamente. Furiosos, violentos, agressivos por termos, alguma vez, suposto que os poderíamos tratar assim, como chuva, como água cíclica, quando a água cíclica seremos sempre nós. Tal como seremos a terra, sedentos da água que há-de vir, e nunca vem... Chove.